O que é?

A compulsão alimentar é um transtorno caracterizado por episódios recorrentes de ingestão exagerada de alimentos, acompanhados de uma sensação de perda de controle. 

Características

Os episódios de compulsão alimentar envolvem:

• Ingestão de grandes quantidades de comida em um curto período, mesmo sem fome física.
• Sensação de falta de controle durante a ingestão, com dificuldade de parar de comer.
• Comer rapidamente e até sentir desconforto físico.
• Sentimentos de culpa, vergonha ou tristeza após os episódios.
• Tendência ao isolamento e à realização dos episódios de forma secreta.

Os episódios podem ocorrer ocasionalmente ou serem frequentes, prejudicando a relação da pessoa com a comida e sua qualidade de vida.

Impacto

A compulsão alimentar pode trazer consequências físicas e emocionais, como:

• Ganho de peso e obesidade, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e hipertensão.
• Baixa autoestima e sofrimento emocional, com grande impacto na saúde mental.
• Maior risco de depressão e ansiedade, além de isolamento social.
• Culpa e insatisfação corporal, levando a ciclos de dietas restritivas seguidas por novos episódios de compulsão.

Estima-se que cerca de 2% a 4% da população geral sofra com o Transtorno da Compulsão Alimentar, sendo mais comum em mulheres e frequentemente associado a histórico de dietas restritivas ou fatores emocionais.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por um profissional de saúde mental, baseado na frequência dos episódios e nos sentimentos associados. Questionários e entrevistas clínicas são utilizados para avaliar a gravidade do quadro e a presença de outros transtornos associados.

Tratamento

O tratamento da compulsão alimentar envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir:

• Psicoterapia, especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), para ajudar a modificar padrões de pensamento e comportamento relacionados à alimentação.
• Medicação: existem opções de tratamento farmacológico consideradas eficazes.
• Orientação nutricional, com foco em uma alimentação equilibrada e sem restrições extremas.
• Mudanças no estilo de vida, incluindo a prática de atividade física e estratégias para lidar com emoções sem recorrer à comida.

Com o tratamento adequado, é possível reduzir os episódios de compulsão alimentar e desenvolver uma relação mais saudável com a comida.